Você já ouviu alguma vez na vida alguém dizendo a palavra “terroir”?

o que é terroir
Imagem: Reprodução/Giphy

Essa palavrinha francesa costuma causar alguma confusão, mas viemos pra tornar tudo mais fácil e te explicar de uma vez por todas da onde ela vem e o que ela significa.

Afinal, o que é terroir?

Na verdade pronuncia-se “terruár”.

hermione terroir
Imagem: Reprodução/Giphy

Esse termo de origem francesa é o que define uma extensão limitada de terra. Ao longo do tempo, o universo vinícola foi se apropriando do conceito. Foi assim que Terroir passou a compreender características específicas referentes à geografia, à geologia e ao clima de um lugar. E o Master of Wine Alexander Hunt conta um pouco sobre isso no site de Jancis Robinson:

“Terroir é também o responsável pelos detalhes finais e íntimos do caráter de um vinho, e pelas diferenças entre dois engarrafamentos de um único vinhedo feitos da mesma maneira pela mesma pessoa.”

Tudo isso influencia nas características que a uva vai se desenvolver ao longo de seu cultivo, sabia? (Eu particularmente considero isso uma das belezas do mundo do vinho – saber que a mesma uva pode se adaptar a diferentes regiões e ainda mudar suas características com isso.)  Mas falaremos um pouco mais disso a frente.

Terroir e sua influência nas uvas

No mundo do vinho, a palavra Terroir é bastante utilizada para definir a singularidade que diferentes variedades de uva assumem em cada região em que são plantadas. Por exemplo: “A Cabernet Sauvignon adaptou-se magnificamente ao terroir do Vale do Maipo, no Chile”, ou então “A Chardonnay é uma casta bastante versátil, já que é capaz de se adequar aos mais diferentes terroirs e abraçar inúmeras identidades”.

Dessa forma, um vinho feito de uvas Malbec produzido no Brasil e outro produzido na Espanha provavelmente irão ter algumas características diferentes entre si, como os aromas, por exemplo.

Algumas regiões souberam se consagrar internacionalmente em virtude das características agraciadas de seus microclimas. No entanto, é comum vermos locais onde o terroir não é muito valorizado, já que produtores investem em plantações de grandes rendimentos (o que acaba sugando todos os nutrientes do solo e deixando os frutos menos ricos).

Ou mesmo colocam num só blend (mistura) uvas colhidas de diferentes lugares. Isso não é necessariamente ruim, já que a estratégia barateia bastante a produção e propõe um estilo diferente – mais leve, simples e fácil de beber.

Conclusão

É fato: para se fazer um bom vinho, o produtor necessita conhecer o terroir da sua região. Outra observação importante é que dependendo da região, o terroir terá uma influência mais marcante que outra. Mas isso não diz nada sobre a qualidade do vinho, mas sobre os objetivos e o que o produtor quer passar com aquele líquido.

Inclusive, para demonstrar a importância de um terroir, as denominações e apelações europeias surgiram, em parte, com o propósito de estimular a valorização dos diferentes terroirs. Por exemplo, limitando o número de parreiras por hectare ou pré-definindo espécies viníferas para a elaboração de um vinho.

Bem, agora que você já sabe a definição deste termo tão querido pelos enólogos e sommeliers, está na hora de colocar seus conhecimentos em prática.

Que tal degustar um Bordeaux, um toscano e um Douro, lado a lado, e descobrir as características de cada terroir? Para te dar um empurrãozinho, é só conferir aqui algumas opções e mergulhar #SemMedo no mundo dos vinho.