Seja qual for o evento, se uma garrafa de Champagne está presente, o momento dificilmente será esquecido. Taças e sorrisos criam um ambiente alegre e prazeroso. É hora de prestigiar uma ocasião ou alguém digno de uma homenagem singular. Um brinde ao champanhe!

Quem vive uma celebração como essa não imagina que a produção do champanhe é delicada desde a colheita, em um processo criterioso na região de Champagne, localizada ao nordeste da França.

As uvas Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay, protagonistas dos melhores champanhes do mundo, compõem os famosos vinhedos.

As safras têm início entre agosto e setembro, com duração de aproximadamente três semanas. Os vinhedos ficam lotados de coletores denominados Hordons, contratados anualmente para o cauteloso ofício. 

Na colheita, é preciso manter os cachos e bagas intactos, para evitar a oxidação e preservar os aromas e sabores das uvas. A atenção à colheita também garante que a cor do produto final chegue ao resultado esperado: um champanhe rosé ou branco. 

A região de Champagne atrai turistas e locais para visitação entre a primavera e o verão. Com um belíssimo cenário formado de vilarejos, vales e vinhedos, as sub-regiões de Aube, Côte des Blancs, Côte de Sézanne, Montagne de Reims e Vallée de la Marne formam o roteiro de viagens conhecido como “A Rota do Champagne”. A localização é bem próxima a Paris, indo de carro ou de trem.

Imagine um passeio desses degustando algumas taças de champanhe… Mas você sabe diferenciar um champanhe de outro vinho espumante? Continue lendo para saber as peculiaridades de cada bebida.

Qual a diferença entre o espumante e champanhe?

À primeira vista, os dois são parecidos, porém, Champagne é o nome dado ao vinho espumante produzido exclusivamente na região de Champagne.

A localidade francesa é reconhecida pelo selo Appellation d’Origine Contrôlée (AOC), certificado que corrobora o local como o produtor original de champanhe no mundo. 

O sistema de AOC garante que as uvas utilizadas para a produção do vinho só podem ser cultivadas sob o clima e solos desta região.

Por todos esses motivos, os vinhos efervescentes produzidos em qualquer outro local do mundo, que não na apelação de Champagne, são classificados somente como espumantes.

No Brasil, a produção de vinho espumante se concentra, em sua maioria, no Rio Grande do Sul, com a fabricação de bebidas de altíssima qualidade. O espumante branco destaca-se como um dos mais requisitados.  

Outros países mundo afora também possuem espumantes que são símbolos nacionais. Na Itália, por exemplo, destacam-se os vinhos Prosecco, Lambrusco e Franciacorta, que são elaborados nas regiões do Vêneto e Lombardia respectivamente. Na Espanha, o vinho Cava, oriundo da Catalunha, fica em evidência. 

Os frisantes também são uma categoria de espumante, entretanto, estes contêm menos gás carbônico em sua composição. No Brasil, o frisante branco é o mais consumido.

Agora que você sabe a diferença entre as bebidas mais charmosas do mundo, conheça quais são os champanhes consagrados pelo público e pela crítica.

Os champanhes mais famosos

Algumas marcas adquiriram muita popularidade e prestígio. É o caso do champanhe Piper-Heidsieck, também conhecido como a bebida oficial do Oscar desde 2015, sendo servido durante toda a cerimônia e também na festa após a premiação.

O que pouca gente sabe é que a relação entre a tradicional maison de champanhe e Hollywood é bem mais antiga. A bebida foi filmada no longa “Os filhos do deserto”, primeira produção de Stan Laurel e Oliver Hardy — o Gordo e o Magro, como são conhecidos no Brasil.

Desde então, algumas das maiores celebridades da década de ouro do cinema americano se tornaram apreciadoras da bebida. Clark Gable, Fred Astaire, Humphrey Bogart e Ava Gardner são alguns exemplos.

O Piper-Heidsieck está entre os 10 champanhes mais vendidos do mundo, e tornou-se também a bebida oficial do Festival Internacional de Cinema de Cannes desde 1993.

Outro champanhe consagrado é o Nicolas Feuillatte, que é a marca nº 1 na França. Presente em mais de 90 países, esse espumante ganhou muitos prêmios em concursos do mundo todo, conquistando a crítica especializada e também muitas celebridades.

Você sabe como o espumante e o champanhe se tornaram o símbolo das comemorações mais apreciadas do mundo? Veja a seguir!

Como surgiram o espumante e o champanhe?

O vinho não efervescente é denominado “vinho tranquilo ou fortificado”, ou seja, aquele que não possui gás em sua formulação ou que recebe adição de álcool extra durante a sua produção. Eles podem ser tintos, brancos e rosés.

Os vinhos tranquilos eram comercializados em tonéis, porém, o transporte causava problemas com as longas distâncias, prejudicando a conservação.

A chegada das garrafas de vidro facilitou a vida dos produtores, promovendo uma comercialização bem mais prática.

O vinho, ao ser engarrafado antes da sua total fermentação, foi um saboroso ensaio que gerou os espumantes, que tinham e têm, até hoje, o gás carbônico como propósito de sua fermentação. Seja dentro das garrafas, como nos métodos Tradicional ou Champenoise, ou em tanques, como nos métodos Charmat e Asti, a fermentação do líquido é o que produz as tão apreciadas borbulhas.

O vinho espumante conquistou muitos admiradores, porém, um novo problema surgiu: a efervescência dentro das garrafas expulsava as rolhas, transbordando a bebida. 

Criou-se, então, uma proteção de arame aliada a uma garrafa de vidro maciça para segurar a rolha, vedação que é utilizada até hoje para espumantes.

E, falando nisso, você sabe reconhecer a qualidade dessa bebida? Saiba agora como reconhecer um bom champanhe.

Qual champanhe é bom?

A resposta é simples: se for produzido na região de Champagne, na França, é o verdadeiro champanhe. 

Mas existe um diferencial que pode adicionar ainda mais qualidade à excelência do champanhe: a safra.

Um champanhe não safrado indica que a bebida foi produzida com uvas de safras de diversos anos, porém, isso não significa que o produto tenha qualidade inferior. 

A não declaração da safra sinaliza apenas que foram utilizados vinhos-base de safras distintas na composição da bebida.

O champanhe safrado é incomum, uma vez que todas as uvas foram colhidas no ano anunciado no rótulo. Isso é possível somente quando a safra é extraordinária. É o nível máximo de qualidade.

Os produtores de champanhe produzem safrados e não safrados, que têm categorias diferentes em relação ao nível de açúcar e ao tempo de maturação das uvas.

Há quem prefira os champanhes com adição de açúcar. Você sabe quais são os champanhes mais adocicados? Veja a seguir.

Qual champanhe é doce?

O método tradicional de produção de champanhe, também chamado de Champenoise, abrange a inserção de açúcar para produzir uma segunda fermentação da bebida, originando assim o gás carbônico.

Uma vez que essa segunda fermentação for finalizada, o produtor adicionará novamente açúcar ao líquido, com o objetivo de definir o teor de doçura final do vinho, sendo eles definidos como: Brut (baixo teor de açúcar), Sec (seco, com dosagem de açúcar mais alta que o Brut), Demi-sec (meio-doce, também chamado de meio-seco) e Doux (doce, com teor mais alto de açúcar).

Como se pode ver, a inserção de açúcar atua diretamente no sabor da bebida. Agora você pode escolher o champanhe que mais agrada ao seu paladar. Acesse nosso site e escolha seu preferido!